Aprendemos que com o tempo...


Um dia nós aprendemos que amar vale a pena, ainda que após vários cortes feitos no coração, várias feridas na alma.
Aprendemos que apesar da distância, é possível manter a amizade, o amor, a solidariedade...
Que nem sempre grandes gestos são as traduções perfeitas do amor que une as pessoas. Aprendemos que depois de um tempo, pais deixam de ser super heróis e passam a ser o vilão da história e que nesta hora o mais importante é saber perdoa-los, ama-los, entendermos as suas razões.
Com o tempo, a gente se acomoda com a vista da janela e quando resolve se levantar, o sol já se pôs e lua começa a apontar.
Que mudanças são necessárias, dores, sofrimentos igualmente.
Que o perdão é o grande propulsor da vida, muitas vezes é melhor sofrer calado, aceitar, temporariamente uma situação, e ter a sensibilidade para enxergar as coisas que a vida nos revela, até chegar o dia em que toda a dor deve ser revelada, desmascarada, posta em pratos limpos para que nós possamos seguir o nosso caminho novamente livres destas amarras que nos impedem de olhar e caminhar para frente.
Aprendemos que apesar da excitação, da relutância, é necessário largar algumas bagagens pelo caminho para que no dia de amanhã possamos adquirir outras mais leves. Que só o tempo tem o poder de transformar passado em presente, o presente em futuro e o futuro em passado.
Aprendemos que o TEMPO é o Senhor das respostas não dadas num dado momento, é o remédio para aquelas dores que julgamos ser intermináveis ou eternas. Que quando achamos que já chegamos ao fundo do poço, somos tomados por uma força sem precedentes e jogados de volta a terra firme. Renovados, repaginados e mais forte como nunca.
O tempo ensina a importância e a necessidade de um sorriso sincero, de um amigo, de um amor; de um abraço apertado, do silêncio...
Aprendemos que não há alternativa para novas oportunidades senão o “Sim” ou o “Não”. Tudo depende de nossa coragem.
Sabemos que as crianças são seres dotados de pureza e conhecimento que transcende a alma dos adultos, revelando-nos suas sensações, seus traumas, seus sentimentos mais íntimos, portanto, nunca se deve mentir a uma criança.
Aprendemos que conversar com velhos equivale a milhares de leituras de livros de auto ajuda e que cada ruga ali visível, tem uma história para contar, portanto, para que elimina-las?
Com o tempo aprendemos que ser feliz requer o auto conhecimento, a presença de amigos, de um amor, de uma paixão, de um trabalho. Que a ociosidade atrofia o cérebro, reduz a capacidade de percepção do mundo que corre ao nosso redor, empobrece o espírito.
Aprendemos que valores primitivos não se perdem no tempo e são sempre bem vindos. Que um coração vazio, sem amor, sem paixão nos torna frios, insensíveis, egoístas e que sempre vale a pena recomeçar, virar a página, a caneta está em nossas mãos e nos basta reescrever a nossa trajetória…

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