Simples. Realmente simples.
Porque é a única maneira de você carregar no bolso a expectativa de beijar na boca a gracinha de menina que você acabou de conhecer.
Vale lembrar que em muitos casos (e lugares) o beijo na boca é, salvo raros surtos, inviável. Você chegou num pitéu no meio do supermercado, ou da livraria, ou no meio da rua, no banco, e aí, bonitão? Você já sabe que este Manual é realista, e beijar na boca a gatinha nessas situações é surreal. O que lhe resta então? A resposta você já sabe. Com o telefone em mãos, você pode também se permitir pensar sobre algumas coisas.
Se a mina te passou o número, é porque, inconscientemente, ela vai esperar sua ligação. Mesmo que ela não acredite que você vai ligar, ela sabe que isso pode acontecer um dia. E mesmo se ela for uma desconhecida para você, e vice-versa, ela já sabe o seu nome, sabe que você é, ou pode ser, um cara legal -- do contrário não teria te dado os oito numerinhos. Isso quer dizer que você pode acreditar que, nesse telefonema, ela pode te escutar e o jogo pode ser ganho aí.
Com a prática, você, cada vez mais xavequeiro, vai aprendendo a sacar as meninas e vai aprimorando sua sensibilidade para entender qual é o melhor momento e a melhor forma para conseguir aquele numerozinho mágico. A partir daí, algumas análises também podem surgir. Por exemplo, se, ao pedir o telefone da brota, ela te passar direto o telefone de casa e o celular, meu chapa, você lá bem na foto. Confiou, quer que você ligue.
Agora, se ela te passar só o celular, podemos deduzir que ela está aberta para um segundo papo, para uma aproximação, mas ainda tem dúvidas com relação a você: "Quem é esse cara?". Mas pode ser também que o fato de ela conceder-lhe apenas o celular signifique que a donzelinha não quer um mala ligando às duas da manhã e acordando pai, mãe, irmão e papagaio. Por isso perguntas do tipo "qual é uma hora boa hora pra eu te ligar? Não quero te atrapalhar" são muito bem-vindas, tanto pela informação que você irá obter, como pela confiança que vai passar com essa preocupação.
Bão, já que o tema aqui é telefone, vale dizer que, mesmo que você esteja agarrando aquela delícia inteira no meio da pista da balada ou no cantinho da festa, o jogo não está necessariamente ganho; cuidado, pois essa brota pode escorregar-lhe das mãos. Um descuido seu, "vou pegar uma bebida", e a sua princesinha some no meio da multidão, ou porque não quer perder a carona ou porque tá a fim de aproveitar um pouco a balada sozinha. Previna-se, my brother, peça o tel, num impulso, entre um amasso e outro, para não correr o risco de no dia seguinte acordar sem a menor esperança de rever a gatinha para prosseguir com o "diálogo". É isso aí. Entenda o número do telefone do piteuzinho como o caminho para futuros encontros -- ele é o elo, a ponte; nunca despreze o poder de Graham Bell, e, caro amante do xaveco, peça telefones. Aqui, no seu Manual, número de telefone é quase sinônimo de beijo na boca.
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